A Maldição da Floresta

No gênero do terror, florestas são ambientações tão utilizadas quanto a boa e velha casa mal assombrada. Um longa passado numa casa no meio da floresta então, mata dois coelhos com uma caixa d’água só. A Maldição da Floresta é mais uma película a nos agraciar com a dita ambientação.

Um casal se muda junto de seu bebê e seu cachorro para um casarão rodeado por uma floresta. Eles são alertados por seu vizinho com fama de doido a não entrarem na mata, mas você já deve saber que eles o ignoram solenemente, apenas para descobrir que o lugar está infestado de criaturas que inspiraram elementos do folclore irlandês, e eles não estão muito satisfeitos com os novos vizinhos.

O longa não possui grandes novidades, é uma produção pequena, de baixo orçamento, sem atores conhecidos no elenco, com uma história já manjada e misturando o sobrenatural com o survival horror.

É o tipo de produção menor que antes fazia o grosso da prateleira de terror nas locadoras, mas como elas não existem mais, de vez em quando um desses agora vêm parar em nossas telonas.

Tecnicamente o filme é até bem legal. Os efeitos de maquiagem das criaturas são bem bacanas, o design delas é bom e todos os efeitos especiais são bem caprichados. Eu diria até que estão acima da média do gênero para uma produção desse porte.

Contudo, se visualmente a coisa funciona, falta criatividade. Não há nada aqui que eu já não tenha visto antes em outras produções, e isso contribuiu muito para uma sensação de tédio que se abateu durante toda sua duração. E visto que ele dura apenas pouco mais de uma hora e meia, isso é algo bem problemático.

Talvez para um público mais novo, mais neófito, que não tenha visto tantos filmes do gênero, a coisa flua melhor, sobretudo porque ele possui mesmo um visual capaz de chamar atenção.

Contudo, para apreciadores mais experientes do cinema macabro, só o aspecto visual não basta, e aí A Maldição da Floresta falha em entregar algo mais empolgante que já não tenhamos visto antes. Neste caso, para saber se vale a pena pegar uma sessão ou não, depende de qual dessas duas categorias você acredita que se encaixa. Pela nota, creio que você já sabe em qual delas estou.