Earthnight parecia tão legal. Mas ele é um roguelike. E esta é nossa análise Earthnight.
ANÁLISE EARTHNIGHT
Earthnight é um jogo de plataforma 2D desenhado a mão em que você deve correr nas costas de dragões voadores até chegar à cabeça. Daí você mata o bichinho e pula no seguinte para repetir tudo. Parece divertido. Parece épico. Mas é um rogue.
Ele não é um plataforma tradicional, mas um autorunner. Ou seja, seu personagem corre o tempo todo, e cabe a você apenas reagir aos obstáculos. E daí começam os problemas. A jogabilidade não é tão precisa quanto o jogo exige.
Uma mecânica essencial é segurar o direcional para baixo durante um pulo para cair mais rápido e acertar os inimigos. Esta é basicamente sua forma de mirar. Porém, ao contrário de outros representates do gênero, como Runner3, falta precisão. Apertar para baixo não faz a heroína cair imediatamente, mas apenas cair mais rápido. E ainda lento. Isso deixa tudo bem mais difícil e menos intuitivo do que deveria ser. E, claro, ele é um rogue.
CARREGANDO…
Há dois personagens jogáveis, um cara e uma mina. A mina tem muito mais habilidades, podendo dar pequenas voadinhas e pulos duplos. O cara só tem dois pulos, um curto e alto, e um baixo e longo. Porém, ainda falando de problemas de jogabilidade, falta clareza na forma com a qual você mata os dragões.
O cara é fácil. Basta apertar o botão quando ele estiver com a espada levantada para dano máximo. Já a menina usa um espírito para atacar. O jogo diz para você apertar o botão quando o espirito carregar. Mas apesar de ter jogado muitas vezes e vencido dezenas de dragões, eu nunca descobri como saber quando ele estava carregado. Eu apertava o botão de forma ritmada com pequenos intervalos, e torcia para dar certo. Às vezes dava. Às vezes não. E, claro, ele é um rogue.
SKYDIVING
Entre cada dragão, você passa por um interlúdio de skydiving, onde pode escolher em qual dragão cair. Porém, para avançar no jogo, o mais inteligente a fazer é desviar de todos eles.
Isso porque a maioria dos dragões são opcionais. O que você precisa fazer para terminar o jogo é cair até a Terra (veja o gráfico do lado esquerdo da imagem acima). E como a sua vida não se recupera entre uma fase e outra, cada dragão invadido é menos vida que você vai ter para a batalha final.
Claro, aí vai do seu objetivo. Cada dragão novo que você mata é um troféu, e tem outro que exige matar pelo menos dez dragões antes de terminar. Porém, se você quer apenas terminar o jogo, o melhor é, literalmente, evitar jogar. E isso não faz sentido. Mas, até aí, ele é um rogue. E rogues não fazem sentido.
MAS ELE É UM ROGUE
Conforme você mata dragões, também acaba liberando power ups que vão aparecendo nas fases. Mas daí também falta clareza, pois é difícil saber como usá-los e para que serve. A não ser, claro, os óbvios como a bota de pulo duplo.
O jogo também é bastante curto. No vídeo abaixo, por exemplo, você vê um caboclo fazendo toda a campanha em menos de oito minutos.
Obviamente, você não vai conseguir terminá-lo tão rapidamente na primeira vez, pois vai morrer muito. E repetir a campanha inteira do começo a cada derrota. Afinal, ele é um rogue.
Mas a verdade é que, mesmo ele sendo curto, quando você terminar provavelmente já vai estar de saco cheio. Não há variedade no gameplay. Os dragões e inimigos são meio que todos iguais, mudando apenas a cor. Então, apesar de parecer épico, Earthnight é repetitivo e um tanto entediante. Mas, até aí, ele é um rogue.