Caçadores de Dragões

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O delfonauta dedicado sabe que eu sou um grande fã de animações. Porém, isso não significa que absolutamente qualquer coisa lançada com essa técnica vai me agradar. Infelizmente, Caçadores de Dragões é um desses casos.

A história é bem básica: um rei “contrata” o serviço de dois cavaleiros para destruir um dragão malvado. A sobrinha dele, que vive sonhando com aventuras, segue os dois. Pronto. Está armada a confusão.

Talvez o principal problema do filme nem seja a história sem novidades, mas principalmente os personagens sem carisma. O sidekick do cavaleiro, por exemplo, é um sujeito chato que só pensa em dinheiro. A menina, por outro lado, é tão empolgada que não pára de falar nem por um instante. Assim, só sobra o herói bonzinho e o bicho de estimação bizarro dos protagonistas. E nenhum deles é grande coisa.

Porém, uma coisa sou obrigado a admitir. Macacos me mordam, como esse filme é lindo! Os cenários são simplesmente um exemplo de direção de arte cabulosa, coisa que só costuma ser vista em longas do Tim Burton. E mais, todos eles têm a maior cara de videogame. Alguns deles são fofos e coloridos, como Mario Galaxy, enquanto outros misturam uma direção de arte primorosa com tamanhos titânicos e escalas épicas à God of War e Shadow of the Colossus.

Infelizmente, quando você está assistindo a um filme e bate aquela vontade de apertar start para pular a cutscene e começar logo o jogo, acaba sendo obrigado a perceber que o longa em questão funcionaria melhor como um videogame. E, se esse for o caso, o cinema não é o lugar mais apropriado para desfrutá-lo.

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