Provocação

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Fazia tempo que eu não assistia um drama tão bom quanto este Provocação. Desde Menina de Ouro e Em Busca da Terra do Nunca para ser mais preciso. Para começar, não é o meu gênero favorito, mas também não dispenso a oportunidade de assistir a um filme do estilo, pois nunca se sabe quando podemos ser surpreendidos.

Creio que este é o caso. Contribuiu também o fato de assisti-lo sem ter nenhuma informação a respeito da história. Bem, para quem gosta de assistir aos filmes no escuro (de informações, não do cinema) sinto muito, mas vou ter que falar sobre o filme, senão essa resenha acabaria aqui e o Corrales mandaria eu refazê-la.

Ted Cole (Jeff Bridges) é um bem-sucedido e excêntrico escritor de livros infantis. Ele também pinta as ilustrações de suas obras e, nas horas vagas se aventura no maravilhoso universo dos nus femininos (hum… nus femininos).

Ted e sua esposa Marion (Kim Basinger, que ainda dá um caldo) moram com a filha Ruth em uma mais que confortável casa de campo. Não lhes falta nada, mas desde um trágico acidente a relação entre eles esfriou, fazendo com que o casal decida dar um tempo e começarem a dormir em casas separadas.

A situação se complica com a chegada de Eddie, estudante de literatura que aceita trabalhar como assistente de Ted em troca de poder observar os métodos de trabalho do renomado artista. Porém, os hormônios em ebulição do jovem logo farão com que ele caia de amores por Marion (lembremos que se trata de Kim Basinger, logo não podemos culpá-lo) e passe a desprezar Ted, que nunca foi muito honesto com a esposa.

Provocação é uma história sobre a dor de uma perda, como é difícil superá-la e como cada um lida com ela, nem sempre de forma saudável. O tema pode parecer pesado, mas o filme contrabalança bem essa temática com vários momentos bem divertidos. Grande parte deles é protagonizada pelo jovem ator Jon Foster. Eddie é desajeitado e afoito, o que gera muitas situações cômicas. Esse garoto promete. Jeff Bridges e Kim Basinger também estão ótimos, assim como a pequena Elle Fanning no papel de Ruth, a filha que parece ter puxado a excentricidade do pai, Ted.

Provocação pode não atrair tanta gente quanto os oscarizados filmes mencionados no início do texto, mas é uma pequena obra que merece ser conferida por quem aprecia o gênero.

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