Puxa, fazia tempo que eu não fazia a resenha de um “filme nada” aqui pro DELFOS. Já estava até com saudades. As Férias da Minha Vida veio para acabar com esse problema. Este é um autêntico representante do gênero, contendo todas as características que o definem (saiba quais são aqui). Introdução feita, vamos ao que interessa.
Queen Latifah (de Táxi) é Georgia Byrd. Empregada de uma loja de departamentos, é apaixonada por um colega de trabalho (o rapper LL Cool J), mas não consegue se declarar. Tem um livro de recortes com todas as coisas que lhe interessam, mas nunca fez nada. Em suma, é uma sonhadora conformada com a vidinha que leva.
Até o dia em que descobre ter uma doença terminal que irá levá-la pro saco em três semanas. Aí, ela faz o que toda pessoa normal faria diante dessa situação. Pega todas as suas economias, se manda para um hotel de luxo na República Checa, e vai fazer tudo o que lhe der na telha, torrando toda a sua bufunfa antes de abotoar o paletó.
Nesse meio tempo, faz amizade com um renomado chef de cozinha (Gerard Depardieu, o Obelix em pessoa), com um senador e um congressista estadunidenses e vira antagonista do mega-empresário dono da loja onde ela trabalhava. Sim, parece que esse hotel é o centro do universo.
Como você pode perceber, nenhuma novidade. O humor do filme é totalmente família, bem água-com-áçucar. A película é morna e se escora totalmente em cima do carisma de Queen Latifah (que nome bacana, a partir de hoje vou mudar o meu para Imperador Cyrino!), que ainda não tem força pra levar um filme inteiro nas costas. Apesar de ter uma ou outra situação engraçadinha, a maioria das piadas é bem boba (no mau sentido) mesmo. Em suma, a produção até entretém, mas nunca chega a satisfazer completamente.
Então meu parecer é: nem de longe As Férias da Minha Vida vale uma ida ao cinema, mas se todos os outros filmes estiverem esgotados, serve como último recurso. Ao menos você não perde a viagem.