Sete Psicopatas e um Shi Tzu

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Cara, este filme parecia ser tão legal. O tema, o visual dos pôsteres e o senso de humor pareciam ter tudo para me agradar. Aliás, eu podia jurar que seria daqueles filmes que pessoas menos ligadas ao cinema acabam achando depois que foi dirigido pelo Tarantino. Eu estava errado. A única vez que estive mais errado foi aquela vez em que pensei estar errado.

Em Sete Psicopatas e um Shi Tzu conhecemos um roteirista (Colin Farrell) que está escrevendo o roteiro para um filme chamado Sete Psicopatas (não por acaso, o nome original deste longa). O problema é que ele ainda não tem nenhum dos sete psicopatas, e nem um fiapo de história.

O melhor amigo dele (Sam Rockwell), disposto a inspirá-lo, começa a dar pitacos e a procurar psicopatas da vida real. Paralelamente a isso, tem um negócio de “empréstimo de cachorros” com o Christopher Walken. O problema é que eles resolvem pegar o cachorro de um mafioso (Woody Harrelson), e o sujeito realmente gosta do bichinho.

Uma sinopse longa e um tanto emaranhada, o que deixa ainda mais surpreendente como o filme é parado e desinteressante. O roteiro brinca bastante com a metalinguagem e fazendo paralelos do que vai acontecer com o que os personagens estão escrevendo. E eu normalmente adoro metalinguagem, mas aqui ficou faltando algo.

Os melhores momentos são justamente quando um dos sete psicopatas é criado, e corta para como o personagem de Colin Farrell imagina o filme que está escrevendo. Essas partes são realmente tão boas que é uma pena que o foco não seja apenas nelas. A história do cara que teve a filha assassinada é genial, e o final dado ao vietnamita é realmente emocionante.

É visível a relação entre a intenção de Colin Farrell de fazer um filme sobre psicopatas que não seja violento e o que Sete Psicopatas e um Shi Tzu é. Apesar de ter alguma violência, ele realmente é diferente do que você espera. Mas dessa vez a surpresa não foi positiva. Levaria nota de filme nada, mas a decepção foi tão grande que metade de um Alfredo se encolheu num canto e começou a chorar em posição fetal.