Chegamos àquela época que vem todo ano. Natal? Novo Assassin’s Creed? Não. Filme novo do Woody Allen, meu!

Roda Gigante, Woody Allen, Delfos
Onde?

Roda Gigante mantém a tradição do baixinho, e conta a história de uma complicada família estadunidense dos anos 50. Deixa eu ver se eu consigo traçar um panorama geral sem spoilers.

Assim, o Jim Belushi é casado com a Kate Winslet. Ambos já foram casados antes e trazem um filho de seu relacionamento anterior. O filho dela é um moleque que gosta de colocar fogo nas coisas (quem não gosta?). Já a filha dele (Juno Temple), é mais complicada. Ela casou com um mafioso, e agora que abandonou ele está marcada para morrer. Assim, ela vem se esconder na saia do papai, com quem não falava há cinco anos. Para terminar a confusão, a Kate Winslet tem um caso com o Justin Timberlake, que parece dez anos mais novo do que na época do NSync.

Roda Gigante, Woody Allen, Delfos
Quem? Eu?

Sacou o tamanho da treta? E olha que eu deixei várias coisas ainda mais peludas que acontecem mais para frente no filme.

RODA GIGANTE

Eu gosto dos filmes do Woody Allen mas, embora Roda Gigante seja basicamente um mais do mesmo, devo dizer que não me divertiu tanto quanto o costumeiro. Em geral seus filmes, para mim, são comédias que não fazem rir. Este não parece uma comédia, mas um drama com piadas.

Roda Gigante, Woody Allen, DelfosAdmito que a ambientação nos anos 50 contribuiu para que ele não me apetecesse tanto, ainda que ele tenha uma cinematografia bem bonita.

Há as coisas padrão de um filme do Woody Allen, como os planos longos, que muito me agradam. No entanto, o que mais chama a atenção no aspecto técnico é a fotografia repleta de cores vivas. A iluminação em especial chama a atenção, focando em tonalidades laranja que sempre brilham com vontade no rosto das moças.

Há várias cenas que chamam bastante a atenção, em especial as protagonizadas pela Kate Winslet. Ela tem vários momentos em que está em primeiro plano com grandes monólogos sem cortes, e consegue fazer isso sem ficar entediante ou pedante.

O personagem de Timberlake também chama a atenção, não apenas pela sua cara de bebê (algo me diz que Allen filmou Roda Gigante em 2001 e decidiu só lançá-lo agora), mas por ser o sujeito que narra a história para a câmera, algo sempre presente nos filmes do baixinho.

Não acho que Roda Gigante vai empolgar especialmente os fãs do diretor, e nem arrecadar novos admiradores para sua obra. No entanto, ele é moderadamente divertido, e também não deve decepcionar aqueles que já acompanham seu trabalho.