Kratos – O Fantasma de Esparta

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Nossa! Tirando a poeira, estou de volta aos textos do DELFOS, depois de um longo tempo afastado. Aproveitando o gancho do hype em cima de God of War III, o jogo mais promissor da história dos videogames (Ê, exagero!), resolvi escrever esse texto sobre o crápula herói mais sanguinário e furioso do entretenimento: Kratos. Ou, para adaptá-lo a todos os mercados principais mundiais e deixá-lo ainda mais trüe: Diamond Bjorn Kratos Jones of the Black Wind.

Primeiramente, hei de introduzir-lhes à história do personagem. Kratos (nome, na mitologia grega, do Deus da Força), era um General do Exército Espartano que, ao se ver em perigo durante uma batalha, pediu ajuda a Ares, o deus da guerra (daí o nome do jogo… Tchanããã), para derrotar seus inimigos. Neste momento, o deus da guerra lhe confere as tão famosas Blades of Chaos que são aquelas duas lâminas que Kratos tem, enroladas em seus braços, através de correntes em brasa. Ao fazer isso, Kratos se torna servo de Ares, que queria transformá-lo no guerreiro perfeito. Sabendo que a única coisa que impedia Kratos de suprir os desejos de Ares era a sua família, o Deus prepara uma armadilha para o peladão que, cego por sua sede de destruição, acaba por chacinar devotos da deusa Atena, dentro de um templo. O problema é que lá estavam sua esposa e filha.

Ao se dar conta da caquinha que fez, nosso querido psicopata, atormentado pelas visões de seu banho de sangue, resolve partir atrás de Ares, em busca de vingança. É a partir daí que começa a sequência de trapalhadas e altas confusões causadas por essa turminha do barulho, no maior clima de azaração e mitologia. Auxiliado pelos Olimpianos, principalmente Atena, o açougueiro dos deuses sai em busca da única arma capaz de derrotar um deus: a caixa de Pandora, também conhecida como a primeira arma de destruição em massa. Passando por vários cenários clássicos da Grécia Antiga e esquartejando centenas de milhares de criaturas mitológicas, nosso sacripanta bom moço consegue, enfim, a caixinha e a usa para derrotar Ares, pondo fim à sua campanha de destruição em massa.

Os deuses do Olimpo acabam por reconhecer os dotes de Kratos e resolvem transformá-lo no novo deus da guerra. Nem mesmo isso faz com que o espartano se esqueça dessa emice toda de ter matado sua própria família. E, como bom espartano que é, ele resolve culpar os deuses por sua eterna desgraça, insurgindo, desta forma, contra todos eles.

Em mais um ato de traição, desta vez de Zeus, o tr00zão besuntado em cinzas é destituído de seus poderes e largado aos braços da morte. É justamente aí que ele conhece os titãs, pais (e tios) dos deuses, que foram destituídos de seus poderes e confinados, após a Guerra Sagrada (Ah… Todo mundo sabe a história de Cronos e dos deuses, né? Na boa… Se não sabe, vai procurar no Wikipedia, porque é muita coisa pra eu escrever aqui! ¬¬).

Com a ajuda deles, Kratos parte em busca de sua vingança contra Zeus. Novamente, passando por mais cenários conhecidos e sodomizando mais uma infinidade de seres mitológicos, ele chega, enfim, ao confronto final contra Zeus. Quando ele estava quase por ceifar a vida do Rei da Cocada Preta, Atena chega e salva seu papi adotivo. Entretanto, por conta disso, acaba assassinada pela Blade of Olympus e pelas mãos de Kratos. Neste contexto, Kratos acaba descobrindo que é filho de Zeus. Ele reage fazendo um biquinho e falando “No. I have no father”. Agora, ele fica mais furioso ainda, pois além de toda a traição, Zeus ainda comeu a mãe dele. E, convenhamos, não há sacanagem maior do que essa!

Pois bem! Após este breve resumo sobre nosso homenageado – e não ouse dizer que não foi breve, pois, quem conhece o Kratos sabe muito bem que eu não contei nem 10% da vida do rapaz – passo a defender minha tese de TREMENDÃO. Antes de mais nada, preciso informar que esta defesa está ligeiramente prejudicada, pois nosso glorioso Luli Luli, Ditador Supremo e Último Chefe do jogo do DELFOS, me proibiu de forma extremamente coercitiva (usou uma foto do Homero pelado e ameaçou me amarrar em uma cadeira à frente dela) a revelar detalhes do terceiro jogo que pudessem prejudicar a jogatina dos delfonautas. E eu, como momentâneo formador de opinião, devo respeitar isso, afinal de contas, eu ficaria fulo da vida se lesse detalhes sobre o desfecho da história em um texto qualquer. Especialmente se for nos comentários de um tal Guto Pires.

Para minha sorte, nosso querido, idolatrado e vitaminado guerreiro naturista é um tremendão desde o primeiro minuto do primeiro jogo. Quem frequenta o DELFOS e já leu algum texto meu sobre videogames, sabe o quanto eu prezo, em qualquer jogo, por um assassino em massa herói poderoso! Na boa, enche o saco personagens cuja capacidade não inspira confiança. O legal mesmo é você andar o tempo inteiro sabendo que o problema será resolvido logo e que é apenas uma questão de tempo.

Quem já jogou God of War sabe do que eu estou falando. Controlar o Kratos é uma experiência inesquecível. Pensa que você tem a possibilidade de arrancar a cabeça do Rei dos Deuses, apenas puxando-a, como se estivesse arrancando o talo de uma maçã. Convenhamos. Erasmo Carlos que me perdoe, mas isso não é tremendão. Isso é tremendíssimo! E mais: quem aqui nunca sonhou em sair por aí de sunga e sandálias, besuntado em cinzas, fatiando tudo e todos que aparecem em sua frente? Acredito que todo mundo, né? Vamos, admita. Você sabe que quer.

Tudo bem. Eu sei que muitos vão torcer o nariz e dizer que o Kratos está mais para um vilão do que para um herói. Mas, mano. Comeram a mãe dele! E ainda fizeram ele matar a própria família! Isso leva qualquer um, por mais pacato que seja, à loucura.

Sem contar que todo esse ódio recolhido faz o cara ter um estilo de luta pra lá de furioso. Os golpes dele estão entre os mais bonitos que eu, particularmente, já vi na história dos videogames. Cada vez que ele pula com as correntes para trás e dá aquela Senhora Chinelada no chão, a galera vai ao delírio! Um amigo meu, ao me ver jogando God of War, disparou o seguinte petardo: “Ô louco! Esse cara faz o chicote estalar!”. Eu só escutei esse tipo de comentário, até hoje, sobre duas pessoas: Beto Carreiro e Kratos. E é um mais tremendão que o outro!

Nosso glorioso espartano encara TODO tipo de desafio. Não tem tempo ruim. Tudo que você já viu de mais difícil para ser encarado em um jogo de videogame, o Kratos já passou, de sunga, sandália e fazendo cara de mau. Aliás, não é apenas cara de mau, pois o humor do sujeito é extremamente variado e vai do bravo ao muito bravo, passando por tudo que existe entre um e outro. O Kratos encara tudo, malditas plataformas que se movem, empurração de caixas e até monstros gigantes que colocariam aqueles pobres colossos que o Wander encara em Shadow of the Colossus no chinelo. Um outro detalhe de importante notoriedade é a verdadeira rapa que nosso amigo cinzento faz nas moçoilas que encontra ao longo da jornada. Em algumas oportunidades, rola até surubas com mais de uma mulher.

Claro que, como por trás de um grande homem, sempre há uma grande mulher, por trás de um espartano doido, sempre há uma grande arma. E, nesse caso, ela se chama Blades of Chaos. Futuramente, ela recebe outros nomes, porém, esse é o nome tradicional e roots usado no primeiro game. Companheiras inseparáveis de nosso usurpador de criaturas mágicas, elas são protagonistas em toda a destruição. Normalmente, os meliantes heróis de jogos optam por utilizar armas mais tradicionais, como espadas, arco-e-flecha, arrotos e peidos, etc. Claro que, no caso de ser uma minhoca em traje de astronauta, pode usar seu próprio corpo como chicote e por aí vai. Agora, tem coisa mais legal do que, no meio do campo de batalha, ficar girando freneticamente duas lâminas ensandecidas? É ÓBEVEO que não. Um exército inteiro usando armas dessas seria invencível. Qualquer coisa que chegasse a um raio de dois metros seria instantaneamente dilacerada. Claro que também não adianta dar um negócio desses na mão de quem não tem competência para manejar. O infeliz acabaria apenas se cortando. Mas Kratos, não. Ele domina a arte milenar do bambolê de lâminas como ninguém!

Com toda essa combinação de tremendices, você pode perceber que é praticamente impossível segurar um caboclo desses, né? Fico me perguntando o que virá depois que ele aniquilar os deuses do Olimpo. Inclusive, já enviei várias sugestões à Sony, endossadas por Luli Luli, de continuações para as histórias de nosso amável Kratos. Após acabar com toda a mitologia da Grécia, Kratos poderia viajar até a Escandinávia e acabar com toda a mitologia de lá. Ele enfrentaria Thor, Loki e finalmente se vingaria de Odin. Depois, ele iria atrás da Igreja Católica, lutaria contra Jesus, Pôncio Pilates, Barrabaz, fatiaria soldados romanos e condenaria Judas por sua traição, finalmente se vingando de Javé na terceira parte da trilogia, cujos inimigos normais seriam os templários. Mais atualmente, enfrentaria os exércitos do Oriente Médio, acabaria com todo mundo e, por fim, viraria presidente dos EUA. Aí, quando você achava que, enfim, ele iria sossegar, ele travaria uma batalha épica contra a Igreja Universal do Reino de Deus. Depois de tudo isso, lá pelo God of War CXV, aproximadamente, quem sabe, depois de acabar com todo o mundo e todas as mitologias existentes, ele se perdoaria por ter matado sua família e, enfim, descansaria.

Por sinal, muito cuidado! Pelo andar da carruagem, a qualquer momento Kratos pode entrar na sua casa e fatiar você e sua família!

Momento mais tremendão: Botar Zeus de joelho e bater sua fuça contra uma pedra, furiosa e incessantemente, na luta final de God of War II! *-*

Momento menos tremendão: Na boa? Não tem! O.o

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