Jogos Mortais VI

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Aviso: Se você não assistiu aos filmes anteriores e quer se manter livre de estragões, não leia a resenha abaixo.

Pois é, delfonauta. Mais um Jogos Mortais. Mais uma resenha de minha autoria. Mais um Selo Delfiano Supremo. Eu sei, está ficando repetitivo e juro que eu até tentei não gostar tanto assim deste, mas não deu. Sinto muito, mas não deu. Inclusive, tentei fazer dessa uma resenha Cyrinal, já que meu xará blasé não compartilha de minhas opiniões empolgadas em relação à série. Infelizmente, nosso amigo não estava disponível na data da cabine, então cá estamos nós novamente.

Este sexto episódio começa no momento em que o V terminou. Com o agente Strahm dolorosamente esmagado, o único sobrevivente do massacre é o detetive Hoffman (Costas “eu faço biquinho igual ao Paul Stanley” Mandylor), o assistente de John Kramer (Tobin Bell). Com tudo amarradinho, parece que o sujeito vai sair livre. Porém, ele não contava com a astúcia do agente Erickson, que começa a encontrar evidências de sua participação.

Seguindo a fórmula da série, paralelamente à parte policial, temos o terror. O jogo longo da vez tem como principal “vítima” um sacripanta que trabalha num seguro saúde, basicamente decidindo quem vive e quem morre. E seu teste, obviamente, terá muito a ver com isso.

Ao contrário das vítimas dos filmes anteriores, que estavam mais para pobres coitados, o sujeito é realmente um carinha malvado, merecedor de uma morte dolorosa. Assim, cada coisa terrível pela qual ele passa dá aquela familiar sensação gostosa que temos ao ver pessoas sacanas sofrendo. É muito cuti! ^^

Inclusive, alguém mais acha que esses grandes jogos lembram videogames? Tipo, o sujeito acorda num corredor escuro, não tem nenhum lugar para ir além de para frente e vai, assim como fazemos quando temos um gamepad nas mãos, não interessa quão horríveis sejam as possibilidades que nos esperam.

Isso nos leva também à violência, personagem freqüente na série e nas resenhas. A exemplo do V, a coisa aqui deu uma diminuída. Como sempre, a parte mais forte é a cena que abre o filme e, depois disso, o foco fica bem mais na história do que em tripas expostas.

E que história, meu amigo! É nesse ponto que a série realmente me ganha. Tal qual Lost, algumas coisas vão sendo reveladas aos poucos enquanto novos mistérios vão aparecendo. Porém, justamente por ser algo feito para o cinema, alguns problemas são agravados.

Sabe quando, em Lost, algo acontece e o motivo só é revelado muitas semanas depois? Pois se você tem apenas um episódio por ano, isso fica ainda mais grave. Por exemplo, tinha coisa do terceiro filme que só foi revelada aqui. Por mais que os flashbacks sejam bastante didáticos (e são), haja memória e paciência para montar esses quebra-cabeças. Aliás, arrisco dizer que a série só vai ser plenamente compreendida e aproveitada quando pudermos vê-la do início ao fim em pouco tempo. E penso a mesma coisa de Lost.

Porém, no momento, estou com a sensação de que a série poderia e deveria acabar aqui. Não me lembro de nada pendente dos outros filmes (tudo que citei na resenha do V foi esclarecido aqui) e este não acrescenta nenhum novo mistério que não seja solucionado durante sua própria projeção. Além disso, e o principal: ele termina muito bem tudo o que começou. Quando apareceu o nome do tradutor e as luzes se acenderam, percebi que estava com um sorrisão de orelha a orelha e precisei até dar uma disfarçada. Afinal, era uma cabine e preciso me mostrar profissional, sabe?

Dessa forma, ficaria plenamente satisfeito se a turminha parasse por aqui. É fato que, quanto mais continuações um filme tenha, mais credibilidade perde. O mesmo acontece com mudanças de roteiristas e diretores. Jogos Mortais já passou por tudo isso (só de diretores teve quatro), mas de alguma forma, conseguiu construir um todo coeso e excelente (embora muita gente tenha parado de acompanhar no terceiro ou começou a se decepcionar a partir daí).

Dessa forma, artisticamente falando, agora é o ponto ideal para Jigsaw se aposentar e, ao contrário do que disse aqui, agora eu colocaria o sujeito, sim, ao lado dos grandes vilões do cinema. Vamos ver quem vai falar mais alto: a arte ou o dinheiro.

Curiosidades:

– Tobin Bell, o Jigsaw, participou de um episódio de Seinfeld em que ele era o dono de um sebo onde Kramer e Newman iam vender discos velhos.

– Bizarro! Antes de assistir a um filme sombrio e violento, a Disney julgou apropriado colocar alguns trailers fofos tipo Alice no País das Maravilhas e o relançamento de Toy Story. Vai entender.

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Nota
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Carlos Eduardo Corrales
Editor-chefe. Fundou o DELFOS em 2004 e habita mais frequentemente as seções de cinema, games e música. Trabalha com a palavra escrita e com fotografia. Já teve seus artigos publicados em veículos como o Kotaku Brasil e a Mundo Estranho Games. Formado em jornalismo (PUC-SP) e publicidade (ESPM).
jogos-mortais-viPaís: EUA<br> Ano: 2009<br> Gênero: Terror<br> Roteiro: Marcus Dunstan e Patrick Melton<br> Elenco: Tobin Bell, Costas Mandylor, Mark Rolston, Betsy Russel e Shawnee Smith.<br> Produtor: Mark Burg e Oren Koules<br> Diretor: Kevin Greutert<br> Distribuidor: Disney<br>