Green Day – 21st Century Breakdown

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Em minha primeira redação como membro da comunidade delfiana, resolvi falar sobre uma das poucas bandas que eu gosto que não é Heavy Metal, além de ser um nome de peso na indústria musical norte-americana.

O Green Day nos surpreendeu com o álbum 21st Century Breakdown, que mistura influências do rock alternativo e do grunge, mas sem perder o conceito politizado que é posto em primeiro plano desde Warning (e cá entre nós, o conceito de Warning foi bom, mas o disco em si ficou uma droga).

Agora vamos começar com nosso tradicional faixa-a-faixa. O disco começa com a simples Song Of The Century, que consiste apenas de vocal e ruídos. Depois começa o primeiro ato, Heroes and Cons e a faixa título, que eu considero épica e, ao mesmo tempo, imperfeita. Isso porque a segunda parte é um tanto monótona. Aí começamos a bater a cabeça com Know Your Enemy, que é uma grande música, mas, ainda assim, é a mais repetitiva do disco.

Justo quando estava na expectativa de algo pesado, duas “baladas”, Viva la Gloria! e Before the Lobotomy, a meio tempo, me dão vontade de dormir. Essa vontade é temporária, pois quando as música não estão calmas, estão bem a meu gosto. Esse climinha é quebrado (graças a Deus!) pela pesada Christian’s Inferno, que possui elementos de rock industrial e de NYHC (New York Hardcore). O primeiro ato termina com a balada (mesmo) Last Night On Earth, que possui uma bela melodia, mas foi estragada pelos ruídos eletrônicos.

O segundo e mais estranho ato do disco, Charlatans and Saints, começa com East Jesus Nowhere, que me lembra muito Welcome to The Paradise, de 1994. Em seguida Peacemaker, uma faixa acelerada e com um coro muito bem-feito, e Last of The American Girls, uma música bem pop, chamam muita atenção devido à parte instrumental, sendo que a primeira é “meio diferente” e a segunda possui um baixo muito forte. Após essas duas faixas esquisitinhas, começa Murder City, que conta, também, com efeitos eletrônicos.

Agora aparece Viva la Gloria?, que me deu uma sensação de “Já ouvi isso antes” inexplicável. Em seguida começa Restless Heart Syndrome, que me lembrou muito umas músicas do Oasis: todas! Assim é encerrado o segundo ato do disco.

O terceiro e último ato começa com uma faixa de peso que lhe empresta o nome, Horseshoes And Hand Grenades. Ela é carregada de riffs acelerados e palavrões, o que a torna a faixa mais true do disco inteiro. A faixa seguinte, The Static Age, é bem diferente, possui uma melodia bem pop e uma bateria pausada, mas nada demais. Em seguida, começa a balada 21 Guns, a faixa mais bonita do disco, na minha opinião, pois tem uma bela melodia e riffs bem compostos.

Eu vou dedicar este parágrafo exclusivamente à música American Eulogy, pois é dividida em duas partes. A introdução é a Song of The Century com a letra alterada. A 1ª parte, Mass Hysteria lembra muito as músicas clássicas do Green Day, da era Nimrod, exceto pelos riffs. Já a segunda, Modern World chama a atenção, pois tem trechos cantados pelo baixista Mike Dirnt, que canta muito bem pelo visto.

A última faixa do disco, See The Light, começa do mesmo jeito que a 21st Century Breakdown, com acordes de piano, mas dessa vez esses acordes se encaixam na atmosfera da música, que fecha o disco com chave de ouro.

Agora que terminamos o nosso faixa-a-faixa, podemos concluir que o disco ficou excelente, mas não merece cinco Alfredos por causa de algumas imperfeições (você já sabe quais, então por quê falar?).

O Green Day não se vendeu nem virou Emo, apenas cresceram musicalmente, então não vejo razão para certas pessoas julgarem eles assim.