Alan Moore – O mago da nona arte

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Ele é um dos componentes da trinca sagrada de escritores de HQs. Ele é o responsável pela graphic novel tida como divisora de águas no mundo dos quadrinhos. Ele é um mago. Ele tem uma barba gigante. Ele compra briga com as grandes editoras. Ele nutre um ódio mortal por Hollywood. Ele é… (tambores rufando)… Alan Moore!

O pai de obras seminais dos quadrinhos, como Watchmen e Batman – A Piada Mortal, é considerado por muita gente, entre críticos, nerds e críticos nerds, como o melhor escritor de HQs a pisar na face da Terra. Não só isso, mas sua obra-prima, Watchmen é tida como a melhor história-em-quadrinhos já criada. Particularmente, considero sim a história dos vigilantes uma das melhores de todos os tempos, mas não a única. Também admiro muito o barbudão, no entanto, minha preferência realmente vai para Neil Gaiman. Mas isso já é tema para outro texto.

O que importa é que Moore de fato é tremendão, escreveu um monte de coisas sensacionais e merece o respeito incondicional de qualquer fã de quadrinhos que se preze. Por isso, nós aqui no DELFOS aproveitamos o lançamento da adaptação cinematográfica de sua obra máxima, Watchmen nos cinemas (algo que por sinal ele odeia), para fazermos não apenas uma justa homenagem ao inglês, como também para apresentar um perfil de sua vida e obra. Então, sem mais delongas, vamos lá.

ALAN MOORE, A PESSOA

Alan Moore nasceu na cidade inglesa de Northampton (onde, aliás, vive até hoje), em 18 de novembro de 1953. Como o filho mais velho do funcionário de cervejaria Ernest Moore e da tipógrafa Sylvia Doreen, Alan teve uma juventude pobre, que muito o influenciou, bem como a convivência com a avó ultrarreligiosa e cheia de superstições.

Não à toa, hoje o autor é um praticante de magia, que venera uma divindade romana em forma de serpente chamada Glycon. O mais interessante, no entanto, é que ele sabe que Glycon era uma farsa e por ele tudo bem. Veja o que disse em uma entrevista: “se eu vou ter um deus, prefiro que seja uma completa farsa e um fantoche porque assim não vou começar a acreditar que o fantoche criou o universo ou qualquer coisa perigosa desse tipo”. Acho que isso já dá uma ideia da sua opinião sobre as religiões oficiais.

Aos 17 anos, Moore foi expulso da escola por traficar LSD e nenhum outro colégio o aceitou. Desempregado, sem qualificações e sem terminar os estudos, a situação não parecia nada boa para o nosso amigo. Então ele decidiu usar a técnica do “faça você mesmo” e começou a publicar com amigos uma revista chamada Embryo.

Em 1974, Alan se casou com uma mulher chamada Phyllis. Tiveram duas filhas, Amber e Leah, e uma amante mútua (hell, yeah!) chamada Deborah. Com o tempo, Phyllis e Deborah resolveram excluir Alan do ménage-a-trois e o divórcio saiu em 1989. Moore voltou a se casar em 2007, com a artista Melinda Gebbie, com quem já havia trabalhado em vários projetos. Não há informações de que eles tenham uma amante mútua.

No ano de 1979, ele começou a trabalhar na revista semanal de música Sounds. Nela, ele era cartunista, usando o pseudônimo Curt Vile, e publicava uma tirinha chamada Roscoe Moscow. Porém, insatisfeito com a qualidade de seus desenhos, decidiu que seguiria apenas como escritor.

Foi aí que passou a colaborar com as revistas Doctor Who Weekly e a famosa 2000 AD, verdadeiro celeiro de talentos britânicos. Depois, Moore passou para a Warrior, uma revista de antologias, onde criou dois trabalhos importantíssimos.

O primeiro foi o título Marvelman, também conhecido como Miracleman, uma espécie de versão inglesa do Superman, que virou cult. Moore acabou deixando essa série e foi substituído por Neil Gaiman, mas ela nunca foi concluída devido a uma enorme pendenga judicial envolvendo direitos autorais após a falência da editora que publicava a revista.

Aliás, uma curiosidade inútil: Moore iniciou sua fama de briga com grandes editoras ao se estranhar com a Marvel Comics, porque foram eles que mandaram mudar o nome do título de Marvelman para Miracleman por uma questão de copyright. Aparentemente, ele não gostou disso e rogou uma praga na Casa das Ideias (agora sem acento), fazendo com que ela ouvisse Pagode o dia inteiro.

Já o segundo título foi nada menos que V de Vingança. A graphic novel, que conta a luta do terrorista anarquista V em uma Inglaterra futurista e totalitária, lhe rendeu importantes prêmios da indústria britânica, virou um clássico das HQs, e começou a espalhar o mito de Moore como um dos melhores roteiristas do mundo.

V de Vingança foi publicada no Brasil várias vezes, sendo a última pela Panini, em volume único, na época da estreia da versão cinematográfica em nossos cinemas. Tudo que tenho a dizer sobre essa HQ, você descobre clicando aqui.

Esses dois trabalhos chamaram a atenção da indústria estadunidense, representada pela DC Comics, que contratou Alan e até comprou os direitos de V de Vingança e publicou o final da série, que àquela altura, ainda não tinha sido concluída.

MOORE E A DC COMICS

Já na onipotente DC, seu primeiro trabalho foi na revista do Monstro do Pântano, um título de terror que andava em baixa. O inglês chegou metendo o pé na porta e provocou grandes mudanças no gibi. Passou a abordar assuntos sérios do mundo real, como racismo e controle de armas, por exemplo, e alterou a própria mitologia do personagem. Agora, Alec Holland não era mais um cientista transformado em planta, era uma planta que pensava um dia ter sido humana. Também introduziu o personagem John Constantine, que mais tarde ganharia seu próprio título, Hellblazer.

A nova abordagem de Alan funcionou. O título voltou a vender bem, seu trabalho foi elogiado e estabeleceu um parâmetro para os quadrinhos adultos da DC, que viriam a se tornar a linha Vertigo. Seja como for, as histórias de Moore à frente do Monstro do Pântano vira e mexe são republicadas por aqui em encadernados. Vale a pena, principalmente para constatar a evolução do autor. Seus roteiros, apesar de já falarem de coisas sérias, eram mais simples, mais climáticos em comparação aos seus trabalhos posteriores, mais verborrágicos. Em suma, eu recomendo.

Alan também escreveu várias histórias curtas para a editora, com os mais variados personagens e mais três grandes clássicos para duas figuras símbolo da DC: Superman e Batman.

Para o Homem de Aço, Moore escreveu a tremendona Para o Homem que Tem Tudo, onde Mongul utiliza uma planta alienígena parasita para capturar o Superman. A planta faz com que quem está em seu poder vivencie seu maior desejo. Então, enquanto o Azulão imagina uma vida perfeita num Krypton que nunca explodiu, cabe a Batman, Robin e Mulher-Maravilha saírem na porrada contra Mongul, muito mais forte do que eles. O melhor momento é quando o Superman se liberta da planta e, irado pela tortura psicológica que acabara de passar, parte para cima de Mongul com uma violência poucas vezes vista no personagem. É a primeira vez que dá para sentir medo de um personagem várias vezes chamado de escoteiro. Essa história, aliás, foi muito bem adaptada em um episódio do desenho Liga da Justiça Sem Limites.

O escritor ainda teve a honra de contar como seria a última história do Super-Homem. O que Aconteceu com o Homem de Aço?, arco em duas partes, é o final da saga do personagem pré-Crise nas Infinitas Terras, que após o megaevento, foi reformulado e recomeçou do zero pelas mãos de John Byrne. Embora seja boa, não morro de amores por essa história simplesmente porque comecei a ler o Azulão pós-Crise, então não tenho muita identificação com os elementos que Moore joga no arco em questão.

E, claro, há Batman – A Piada Mortal, uma das histórias definitivas da rivalidade entre Batman e Coringa, onde Moore mostrou que eles são dois lados da mesma moeda. Até hoje, diversos elementos dessa revista são usados nas HQs do Batimão (Bárbara Gordon continua aleijada, a possível origem do Coringa mostrada aqui volta e meia é citada). Ela até influenciou o filme Batman – O Cavaleiro das Trevas e sem dúvida está no meu Top 5 das melhores HQs do Morcegão em todos os tempos.

Essas três histórias, mais todas as outras histórias curtas que ele escreveu para a DC, foram reunidas aqui no Brasil em Grandes Clássicos DC 9 – Alan Moore, pela Panini, lançado em outubro de 2006, e é obrigatória para quem é fã do barbudo. Afinal, não é sempre que se encontra tanta coisa reunida em apenas um volume.

Vale lembrar, A Piada Mortal acaba de ser republicada mais uma vez pela Panini, agora em uma edição de luxo, com capa dura e recolorida pelo próprio desenhista Brian Bolland.

Em 1986, Moore iniciou a publicação da obra que o tornaria mundialmente famoso. A graphic novel em 12 edições, Watchmen. Ao lado de Dave Gibbons na arte, ela foi responsável por mostrar que quadrinhos não era apenas para crianças, elevou os comics ao status de arte séria que sempre mereceu e gerou a fama de melhor HQ de todos os tempos e mais aquele monte de clichês que todos estão acostumados. Por esse trabalho, em 1988, Alan ganhou um prêmio Hugo, um dos mais prestigiados da literatura de língua inglesa. No dia seguinte, as regras foram mudadas para que quadrinhos não pudessem mais concorrer. Triste.

Tudo o que eu acho sobre esse trabalho, em uma resenha completa, você descobre clicando aqui.

Watchmen já foi publicada no país várias vezes e em muitas formas. E novamente está para voltar às livrarias, aproveitando o lançamento do filme. A Panini irá lançar a edição definitiva, com papel especial, capa dura, formato maior e extras. Além de um preço muito do salgado. Mas esse parece ser um dos raros casos em que vale a pena.

E assim, apenas poucos anos depois de ter sido contratado pela DC, ele já era um dos grandes autores da indústria. Mas mesmo com esse enorme sucesso, a relação entre o autor e a editora rapidamente se deteriorou. Por discordar em questões como direitos dos criadores, merchandising e recebimento de royalties de produtos ligados a Watchmen, Moore deixou a editora no fim da década de 80 cheio de ódio em seu coraçãozinho, jurando nunca mais trabalhar para eles e rogando-lhes uma praga para que ouvissem Pagode até o Dia do Juízo Final.

MOORE NA INDEPENDÊNCIA

Longe da DC, Alan voltou ao mercado independente, lançando seus projetos através de várias pequenas editoras. Até por conta disso, a maioria deles não chegou ao Brasil e, por isso, são virtualmente desconhecidos. Mas dois deles chegaram e merecem atenção. Estou falando de Do Inferno e Lost Girls.

O primeiro é a sua visão sobre os crimes cometidos por Jack, o Estripador. Para Moore, uma conspiração governamental e a maçonaria estariam ligados aos assassinatos das prostitutas da região de White Chapel, na Londres vitoriana, perpetrados por Sir William Withey Gull, médico da rainha, que muitos historiadores consideram o principal suspeito de ser Jack. Um trabalho primoroso de pesquisa, reconstituição de época e, claro, certas liberdades artísticas, resultam no que considero seu melhor trabalho desde Watchmen. A série é longa, ultradetalhada e, para completar, ainda li no idioma original, o que não foi fácil, considerando que ele escreveu na linguagem que se falava na época, incluindo aí gírias e expressões. Mas isso só serviu para aumentar minha admiração por uma obra tão bem elaborada.

No Brasil, saiu em quatro volumes pela Via Lettera. Também virou filme, com Johnny Depp e Heather Graham, o qual não chega aos pés da fonte, apenas colaborando para aumentar o ódio do autor com as fracas adaptações cinematográficas de sua obra.

Lost Girls foi o último trabalho de Moore a sair por aqui. Basicamente, ele pega três personagens femininas dos contos de fadas, a Alice, de Alice no País das Maravilhas; Wendy, de Peter Pan; e Dorothy, de O Mágico de Oz, que se reúnem em um hotel austríaco em 1913 para trocarem histórias eróticas sobre como cada uma descobriu sua sexualidade. Gerou muita polêmica lá fora por conta de sua temática, o que, no fim das contas, apenas ajudou a criar mais publicidade para a série.

Ilustrada por Melinda Gebbie, a atual Sra. Moore, saiu aqui pela editora Devir em três volumes – Meninas Crescidas, As Terras do Nunca e O Grande e Terrível – de luxo e com preços nada camaradas. Por esse motivo, ainda não tive a oportunidade de ler esse trabalho e, por isso, não posso falar mais a respeito.

ALAN NA IMAGE COMICS

Após passar grande parte dos anos 90 no circuito indie, o barbudo parece ter sentido saudades da indústria de quadrinhos mainstream e, no final da referida década, início dos anos 2000, ao ser convidado a escrever para a Image Comics, aceitou.

Quando o mago foi para lá, a Image já não era mais há tempos a terceira grande força da indústria estadunidense (lugar que atualmente é da Dark Horse Comics), mas Moore, se não levantou as vendas a ponto de colocá-la de volta nesse posto, certamente emprestou credibilidade a títulos que via de regra são considerados cópias descaradas e mal escritas de revistas da Marvel e DC.

Na Image, seus trabalhos mais famosos foram com os WildC.A.T.s, de Jim Lee, e pasme, com títulos criados pelo nefasto Rob Liefeld (nesse momento, Carlos Cyrino dá uma cuspida no chão), como Glory (xerox da Mulher-Maravilha), Youngblood (mistura de X-Men e Vingadores) e Supremo (a cópia liefeldiana do Superman), o mais elogiado desse pacote.

Dessa aventura do autor pela Image, só li algumas edições de sua passagem pelos WildC.A.T.s, mas foi há tanto tempo que já nem me lembro direito e, portanto, vou me abster de comentar. Contudo, seu trabalho no Supremo é muito elogiado justamente por ele abraçar, ao invés de renegar, o fato do herói ser uma cópia do Super-Homem, e assim, tratar o título como uma grande homenagem ao personagem, especialmente em sua era de ouro.

Para quem quiser conhecer essas histórias, a editora Pixel lançou alguns volumes encadernados dos WildC.A.T.s capitaneados por Moore, enquanto a Devir publicou encadernados de sua passagem pelo Supremo.

AMERICA’S BEST COMICS

Ao trabalhar com Jim Lee nos WildC.A.T.s, na editora Wildstorm de propriedade deste, dentro da Image (para simplificar, é só pensar como se fossem selos diferentes dentro da mesma gravadora), Moore resolveu criar uma nova linha de HQs, a America’s Best Comics (ou ABC) para publicar seus novos trabalhos.

E assim, dentro da ABC, que estava dentro da Wildstorm, a qual estava dentro da Image, mas posteriormente foi vendida para a DC (ironia das ironias para alguém que jurou nunca mais trabalhar lá), Moore publicou mais uma batelada de títulos, como Tom Strong, Promethea e Top 10. Embora todos eles tenham um ou mais volumes lançados no Brasil, não cheguei a lê-los, por isso não posso opinar sobre eles.

No entanto, posso falar sobre sua criação mais famosa dentro da ABC, A Liga Extraordinária. O autor partiu de uma premissa muito similar à de Lost Girls, mas neste caso para montar a sua própria equipe de super-heróis.

Apropriando-se de personagens famosos da literatura inglesa da época vitoriana, Moore montou uma espécie de Liga da Justiça formada por Allan Quatermain (As Minas do Rei Salomão), Capitão Nemo (20.000 Léguas Submarinas), Mina Murray (Drácula), Dr. Jekyll e Sr. Hyde (O Médico e o Monstro) e Hawley Griffin (O Homem Invisível). Com o intuito de defender o império britânico, o grupo ainda cruza com várias outras referências da literatura da época, o que torna A Liga Extraordinária um prato cheio para quem gosta e conhece bem as obras literárias do período retratado.

Com muitas referências, reconstituição de época perfeita e o clima de aventura old-school, além do ótimo traço de Kevin O’Neill, a HQ teve dois volumes publicados no Brasil pela Devir: o primeiro, que serviu de base para a tosca adaptação hollywoodiana, e o segundo, que coloca a Liga no meio da invasão marciana de Guerra dos Mundos, de H.G. Wells. Ainda permanece inédita por aqui uma edição especial, chamada de Black Dossier.

DE VOLTA À INDEPENDÊNCIA

Quando a Wildstorm foi vendida para a DC, Alan ficou com os dois pés atrás, mas os executivos da empresa juraram fazer o possível para que a matriz não metesse o bedelho em seu trabalho. E, por um tempo, conseguiram. Moore tinha total liberdade criativa e o logo da DC Comics nem aparecia na capa de suas revistas.

Mas quando a DC exigiu alterações em duas revistas do barbudo, ele tomou como a gota d’água. Como já tinha rogado uma praga e mandado a Distinta Concorrência ouvir Pagode anos antes, dessa vez amaldiçoou seus executivos a nunca conseguirem cultivar uma barba tão maneira quanto a dele (além de continuarem a ouvir Pagode, é claro), enfiou a viola no saco, e voltou para o mercado independente.

Por isso, o terceiro volume da Liga Extraordinária, chamado Century, vai sair nos EUA pela modesta editora Top Shelf agora no começo de 2009.

MOORE EM OUTRAS ÁREAS

Diferente dos outros dois componentes da trinca de escritores nerds, Alan não parece fazer muita questão de expandir sua área de atuação para fora das HQs. Se Frank Miller está a toda no cinema e Neil Gaiman ultimamente tem escrito mais livros que quadrinhos, além de já ter tido projetos na TV e no cinema, Moore, de relevante fora da nona arte, se não contarmos sua participação especial em um episódio dos Simpsons (onde tira sarro de si mesmo interpretando um Alan Moore com muita raiva das grandes editoras), possui apenas um livro.

A Voz do Fogo, até agora seu primeiro e único romance, é uma coleção de contos com eventos cheios de interligações, que se passam em Northampton, sua cidade Natal, começando no ano 4.000 a.C. e avançando por várias épocas, até os dias atuais.

O livro foi lançado no Brasil em 2002 pela Conrad. Eu me lembro que o comprei junto com Deuses Americanos, de Neil Gaiman, que saiu na mesma época. Primeiro li o de Moore e depois o de Gaiman, um atrás do outro. E me recordo até hoje da sensação de que a obra de Neil destruiu humilhantemente A Voz do Fogo.

Achei um trabalho chato, paradão, sem muita pegada. Os temas das histórias variam, o que já colabora para criar algo irregular, mas não consegui gostar de nenhuma. E isso não é bom. Contudo, como já faz séculos que o li e acabei por desenterrá-lo para escrever essa matéria, acho que vou relê-lo para ver se minha opinião inicial se mantém. Depois eu conto o resultado.

Vale lembrar, além do terceiro volume da Liga Extraordinária, Moore também está escrevendo seu segundo livro, chamado Jerusalem, mas não consegui encontrar informações sobre o tema do romance ou mesmo se ele tem alguma previsão de lançamento.

E assim chegamos ao final da geral delfiana na vida e obra do mago barbudo inglês adorado pelos amantes de quadrinhos. Espero que essa humilde matéria o faça reler os trabalhos antigos do Tremendão em questão, afinal, há muita coisa boa, como acabamos de relembrar. E eu fico por aqui. Boa sessão de Watchmen!

Momento mais tremendão: Watchmen, não há nem como escapar. Afinal, o cartão de visitas do cara é apontado como a melhor HQ já feita.

Momento menos tremendão: Eu realmente achei seu livro A Voz do Fogo uma grande decepção. Foi o primeiro, e até hoje o único, trabalho dele do qual não gostei.

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